Barómetro Europeu de Empresas Familiares

Barómetro Europeu de Empresas Familiares

Inovar e atrair talento são as prioridades para as empresas familiares europeias.

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  • Empresas familiares na Europa estão confiantes sobre o futuro, mas escassez de competências e incerteza política são alguns dos problemas que enfrentam.

As empresas familiares da Europa continuam a aproveitar o impulso do crescimento económico do passado e estão confiantes quanto ao futuro, mas precisam de se tornar mais ágeis, inovar mais rapidamente e atrair os melhores talentos para se manterem competitivas e continuarem a crescer. Estas são conclusões do European Family Business Barometer, da KPMG, que entrevistou 1.576 executivos de empresas familiares em 26 países da Europa, incluindo Portugal.

O presidente da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, Peter Villax, chama a atenção para a necessidade de as empresas familiares decidirem contratar profissionais não familiares para cargos de chefia. "A um certo ponto, a empresa familiar só consegue crescer mais se enriquecer a capacidade de gestão da empresa. Isto não quer dizer que a família perde poder, antes pelo contrário, ganha dimensão e permite obter colaborações e conselhos de grande valor. Não será para todas, mas se a ambição é tornarem-se empresas da dimensão da Sonae, da Semapa ou da Jerónimo Martins, então é seguir o exemplo destas empresas que se distinguem por terem executivos de muito talento trabalhando ao lado de membros da família."

Já Vitor Ribeirinho, Deputy Chairman da KPMG Portugal refere: "As empresas familiares continuam a adaptar-se às realidades do mercado para crescer. Mas o próximo desafio, delicado e crucial, passa por conseguirem dar escala às suas operações. O mundo dos negócios está cada vez mais ligado à escala global, pelo que as empresas familiares precisam de ter em conta o aumento da concorrência global nos seus planos de crescimento e expansão."

Principais destaques:

  • 73% dos entrevistados estão confiantes ou muito confiantes nas perspectivas económicas das suas empresas familiares para o próximo ano. Mas 6,04% mostram perspectivas negativas ou muito negativas.
  • Os níveis de confiança estão em alta na Europa, com excepção do Reino Unido, onde o nível de confiança caiu de 83% em 2017 para 68% neste ano. Com as negociações do Brexit a decorrer, as empresas familiares do Reino Unido encaram o futuro com cautela.
  • Aumentar a rentabilidade (49%), o volume de negócios (38%) e atrair talento (27%) são as três principais prioridades para os próximos dois anos.
  • Mais de metade dos entrevistados identificaram a disputa por talento como um dos três maiores desafios para as suas empresas. Em comparação com 43% em 2017 e 37% em 2016. Outros desafios importantes neste ano incluem o aumento do custo da mão de obra (36%) e a incerteza política (36%).
  • A expansão internacional está a ser adiada. No inquérito deste ano, apenas 36% dos entrevistados reportou o aumento das actividades no exterior no último ano, em comparação com 44% em 2017 e 65% em 2016.

Impulsionar o crescimento investindo em inovação e talento

As empresas familiares da Europa têm planos para crescer. Quase um quarto (23%) planeia expandir e diversificar os seus produtos para impulsionar o crescimento futuro e mais de metade (54%) perspectiva expandir-se para novos mercados.

Uma das principais estratégias para o crescimento passa por investir em inovação. As empresas familiares estão a capitalizar o crescimento e a reinvestir os lucros. A maioria (86%) está a investir no core business, 83% em inovação e tecnologia e 81% em recrutamento e formação. Esta é também uma resposta directa a dois dos principais desafios identificados: falta de competências (53%) e aumento do custo do trabalho (36%).

Neste mundo cada vez mais digital, as empresas familiares europeias reconhecem a necessidade de novos skills nas suas lideranças. Um terço dos entrevistados está mesmo a pensar em contratar um CEO externo.

Gerir a volatilidade

Com desafios como o Brexit, o proteccionismo e as negociações comerciais complexas no centro do cenário mundial, não surpreende que mais de um terço dos entrevistados (36%) cite a incerteza política como uma das principais preocupações. Ainda assim, as empresas familiares da Europa estão a adoptar uma abordagem de longo prazo e a ser proactivas na aquisição de talento e na tomada de decisão, procurando flexibilidade para responder às mudanças em tempo útil.

Sobre o Barómetro Europeu de Empresas Familiares (European Family Business Barometer)

O European Family Business Barometer baseia-se nas respostas a um inquérito on-line que envolveu mais de 1.500 questionários elaborados junto de empresas familiares de 26 países europeus, incluindo Portugal, entre 7 de Maio e 7 de Julho de 2018.

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