As forças de defesa encontram-se numa corrida para se adaptarem e transformarem. A sua eficácia no combate irá depender, em grande medida, da tomada de decisões rápidas, que permitam agilizar a resposta a circunstâncias em constante mudança. É urgente acelerar a adoção digital, em concertação com parceiros de alianças e, se for caso disso, com fornecedores comerciais, de modo a contribuir para que os investimentos nos setores da defesa nacional produzam os resultados pretendidos em termos de competências e capacidades.

Explore os sinais de mudança apresentados a seguir e descarregue o relatório completo para saber mais sobre o futuro da defesa.

Os sinais de mudança e as suas principais tendências

  • A rapidez é um fator de diferenciação importante na recolha e no processamento de dados e na produção de insights para os decisores, com base na gestão e análise de dados.

  • Existem cada vez mais robôs, veículos autónomos e nanorobôs que, em alguns casos, já substituem os seres humanos.

  • O metaverso, enquanto simulação digital da realidade, permite às forças de defesa construir, com maior rapidez e exatidão, cenários para testar decisões.

  • A cloud, a tecnologia 5G/6G e a conectividade multidomínios estão a impulsionar uma força de defesa conectada.


  • Assistimos ao ressurgimento da competição entre grandes potências – e à resposta de alianças tradicionais e emergentes.

  • O trade-off do investimento entre capacidades convencionais e novas é uma realidade.


  • Os sistemas de armamento da próxima geração introduzem uma nova dimensão em termos de alcance, letalidade e velocidade.

  • A conectividade entre os sistemas de armamento, as plataformas de combate e os decisores é fundamental, com sensores da Internet das Coisas (IoT) a recolherem dados em seres humanos e equipamentos.


  • Num cenário geopolítico em mudança, as nações ocidentais procuram consolidar o espaço enquanto domínio de combate e de comando.

  • As prioridades são: chegar a acordo sobre as oportunidades e os desafios no espaço, harmonizar as atividades civis no espaço e coordenar a ambição e a maturidade entre as nações.


  • A cibersegurança depende fundamentalmente da concretização da cibernavegabilidade, ajudando a garantir que um sistema, um conjunto de sistemas ou plataformas inteiras possam funcionar de forma segura e eficaz nos mais diversos ambientes.

  • A interoperabilidade com os aliados é uma força estratégica fundamental, que permite uma partilha segura de dados vitais.

  • A fim de manter a cibersegurança, os fornecedores de equipamento e de software devem ser alvo de um processo criterioso de aprovação e monitorização – idealmente por uma equipa dedicada à cibernavegabilidade.


  • As perturbações nas cadeias de abastecimento que começaram a verificar-se durante a pandemia de COVID-19 levaram as forças de defesa a reconsiderar a localização das suas capacidades de produção, tendo em vista uma maior fiabilidade do abastecimento.

  • Não é apenas a disponibilidade que importa. A integridade da cadeia de abastecimento é uma consideração cada vez mais importante para garantir às entidades adjudicantes que os fornecedores e os seus produtos são genuínos e que a propriedade intelectual fica salvaguardada.


  • As forças de defesa têm um papel importante a desempenhar na consecução dos objetivos nacionais em matéria de clima, reduzindo as emissões nas plataformas, nas infraestruturas e nos imóveis existentes e integrando a sustentabilidade e a descarbonização em futuros programas de aquisição.

  • As forças de defesa devem antecipar a necessidade de adaptação a um mundo em que as alterações climáticas podem provocar conflitos, influenciar as condições de combate e afetar as cadeias de abastecimento.

  • Os planos de preparação devem dotar as forças de defesa de meios para apoiar as populações civis em situações de catástrofe relacionadas com as alterações climáticas.

  • As instalações militares estão cada vez mais expostas ao risco de danos causados por catástrofes naturais, como furacões, tornados, incêndios e inundações. Muitos consideram prioritária a proteção das infraestruturas existentes e o desenvolvimento de bases militares que, no futuro, sejam mais resilientes às alterações climáticas – especialmente tendo em conta que as instalações têm de ficar próximas da água. As inovações incluem edifícios circulares resistentes ao vento e estruturas móveis que possam ser deslocadas em caso de fenómenos meteorológicos extremos (à semelhança dos navios que deslocam as aeronaves para locais mais seguros quando há previsão de ventos fortes).

  • Com efeito, as tradicionais bases militares fixas de grandes dimensões poderão vir a pertencer ao passado.


  • A força de trabalho do futuro deve integrar seres humanos e máquinas, exigindo não só competências técnicas como também criatividade.

  • São necessários novos tipos de liderança para capacitar as pessoas e atrair talentos.