Bancos - Desafios que surgem com a IFRS 9

Os desafios que aparecem com a IFRS 9

10 questões-chave para conselhos de administração e comitês de auditoria

1000
Tiago Bernert

Sócio-líder de Risk Management DPP

KPMG no Brasil

E-mail
ilustração de nuvem com lâmpada acesa dentro

Com o CPC 48 (IFRS 9) a entrar em vigor em menos de 5 meses, os bancos enfrentam atualmente dois principais desafios: assegurar a implementação da nova norma em 2018 e fornecer as divulgações requeridas para o exercício de 2017. 

Assim, não surpreende que reguladores nacionais e internacionais tenham se pronunciado recentemente sobre estas questões.

Dessa forma, seguem nossas orientações sobre a implementação do CPC 48 (IFRS 9) e as expectativas de reguladores e do mercado.

O tempo está se esgotando

Alguns dos nossos clientes intensificaram recentemente seus esforços de implementação do CPC 48 (IFRS 9), e muitos perceberam que o desafio da implementação parece ser inversamente proporcional ao tempo restante até a sua data de transição. Portanto, se você ainda não iniciou o seu projeto de implementação do CPC 48 (IFRS 9), é recomendável que você o faça agora mesmo!

Mesmo que o seu projeto de implementação já esteja em andamento, é hora de começar a pensar sobre a comunicação com o mercado e quais divulgações você deverá preparar já para as demonstrações financeiras do exercício corrente.

Comunicação com o mercado

O mercado, de forma geral, tem uma expectativa de que as provisões para perdas de crédito (impairment) aumentarão com os novos requerimentos relacionados ao reconhecimento de perdas esperadas. Porém, é importante que você ajude a definir melhor essas expectativas de analistas e investidores, a fim de evitar surpresas. 

relatório da EBA (European Banking Authority), a autoridade bancária europeia, contém uma avaliação do impacto da nova norma, que revelou que os bancos pesquisados esperam, na média, um aumento de 18% nas provisões para perdas de crédito, e uma diminuição de 59 pontos-base no Índice de Capital Principal, mas, para alguns, os impactos podem ser muito maiores.

Atendendo às expectativas dos reguladores

Os reguladores estão observando a implementação da nova norma com muita atenção. Eles esperam uma implementação robusta e de alta qualidade, bem como divulgações transparentes em relação aos impactos. Então, o que você precisa fazer em relação a esses dois principais desafios?

O desafio da implementação

Em termos de implementação até 1º de janeiro de 2018, a administração precisa assegurar que os projetos sejam adequadamente planejados e alinhados com o cronograma. Adicionalmente, os comitês de auditoria precisam supervisionar os esforços da administração, monitorando ativamente o progresso e solicitando atualizações periódicas.

Em seu relatório, a EBA enfatizou que os bancos não devem subestimar o trabalho requerido nem a necessidade de envolver os comitês de auditoria e os conselhos de administração. Os reguladores continuarão a mostrar grande interesse na implementação pelos bancos - por exemplo, a EBA está conduzindo uma segunda avaliação de impactos do CPC 48 (IFRS 9) nos bancos da união europeia, e o Bacen, recentemente, tem solicitado a alguns bancos determinadas informações e avaliações de impactos sobre alguns requerimentos do CPC 48 (IFRS 9) relacionados à classificação de ativos financeiros.

O desafio da divulgação

As divulgações nas demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2017 terão que refletir os progressos realizados no projeto de implementação do CPC 48 (IFRS 9) e os correspondentes impactos esperados. Reguladores internacionais e nacionais esperam divulgações transparentes sobre os impactos, e a expectativa se aumentará até a aplicação inicial.

Requisitos de provisão para perdas de crédito (impairment)

Em junho de 2016, especialistas da KPMG e das outras cinco maiores redes globais de contabilidade e auditoria1, contribuíram para a publicação de orientações sobre a implementação dos requisitos de provisão para perdas de crédito do CPC 48 (IFRS 9). Embora essas orientações sejam direcionadas a bancos maiores, a publicação contém princípios e conceitos aplicáveis a bancos menores.

Tais orientações incluem 10 perguntas que os comitês de auditoria podem usar na discussão dos principais aspectos dos planos de implementação dos requerimentos de provisão para perdas de crédito, bem como informações detalhadas que podem ser utilizadas pela administração dos bancos.

1 BDO, Deloitte, EY, Grant Thornton, KPMG and PwC, representadas pelo Global Public Policy Committee (GPPC).

10 perguntas que os comitês de auditoria podem usar

O que você deve fazer agora?

A necessidade da implementação do CPC 48 (IFRS 9) torna-se cada dia mais urgente. Se você ainda não iniciou o projeto de implementação, é recomendável fazê-lo imediatamente. Se você já iniciou o projeto, recomendamos assegurar que o projeto está adequadamente estruturado para enfrentar os principais desafios do CPC 48 (IFRS 9) e fornecer divulgações úteis e adequadas sobre os impactos antes mesmo de sua adoção.

Para ajudar a fazer isso acontecer, você pode se interessar pela leitura do nosso guia rápido sobre as orientações emitidas pelo GPPC em relação à provisão para perdas de crédito, que resume os desafios de implementação e as principais áreas de foco.

Para obter mais informações sobre todos os aspectos do CPC 48 (IFRS 9), visite nossas páginas na internet sobre Instrumentos Financeiros e IFRS para Bancos, ou fale com o seu contato da KPMG.

© 2024 KPMG Auditores Independentes Ltda., uma sociedade simples brasileira, de responsabilidade limitada e firma-membro da organização global KPMG de firmas[1]membro independentes licenciadas da KPMG International Limited, uma empresa inglesa privada de responsabilidade limitada. Todos os direitos reservados.
O nome KPMG e o seu logotipo são marcas utilizadas sob licença pelas firmas-membro independentes da organização global KPMG.

conecte-se conosco

Meu perfil

Conteúdo exclusivo e personalizado para você