Em meio ao conflito na Ucrânia, os investimentos de capital de risco caíram globalmente no segundo trimestre de 2022. Outros fatores, como os altos níveis de inflação e o aumento das taxas de juros, também contribuíram para esses resultados, que ainda devem ser refletidos nos próximos três meses do ano.
De acordo com o relatório Venture Pulse Q2 2022, produzido pela KPMG, o investimento global em capital de risco caiu para US$ 120,2 bilhões em 8.420 negócios no período. A publicação, que tem periodicidade trimestral, analisa os principais negócios e tendências de capital de risco nos principais países do mundo.
Cautela para investir
Como resultado do atual cenário econômico, espera-se que os investidores de capital de risco se tornem mais cautelosos com seus investimentos, concentrando-se em empresas com forte lucratividade e em setores que estão em destaque, como fintechs e cleantechs, energia e segurança cibernética.
Apesar da queda nos investimentos, a captação global de recursos atingiu US$ 158,6 bilhões, um ritmo recorde apesar das incertezas do mercado.
Os países do continente americano (unindo América do Norte, Central e do Sul) atraíram US$ 66,2 bilhões em investimentos de capital de risco — mais da metade do total de investimentos globais em capital de risco — durante o segundo trimestre do ano.
Energia no foco dos investimentos
A disparada dos preços da energia em muitas regiões do mundo e as crescentes preocupações com a dependência energética ajudaram a aumentar ainda mais o interesse dos investidores em opções de energia alternativa, armazenamento de energia e mobilidade no segundo trimestre de 2022.
Embora os veículos elétricos e as baterias tenham continuado a ser o principal foco de investimento durante o período, as tecnologias baseadas em hidrogênio também ganharam atenção. Nos próximos meses, a expectativa é que o interesse por outras fontes de energia também aumente, como o desenvolvimento de usinas nucleares de pequena escala na Europa.
Tendências para o terceiro trimestre
Dadas as incertezas geopolíticas e macroeconômicas que afetam o mercado de capital de risco globalmente, no terceiro trimestre de 2022 os investimentos devem diminuir e outras fontes de financiamento provavelmente serão estimuladas.
As fintechs devem continuar como uma forte área de investimento em muitos países. Devido ao aumento da inflação e das taxas de juros, as empresas focadas no consumidor possivelmente perderão o interesse dos investidores de capital de risco, que estarão mais focados em soluções e investimentos business to business (B2B).
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